terça-feira, 8 de novembro de 2011

Polícia Militar do Rio de Janeiro vai estabelecer limites para cobertura jornalística

Apos a morte do cinegrafista Gelson Domingos, a Polícia Militar do Rio de Janeiro cogita estabelecer limites para a cobertura jornalística durante ‘operações de guerra’, Gelson foi atingido por um tiro durante um tiroteio na favela de Antares, informa O Estado de S. Paulo.
“Quando um policial falar ‘daqui não podem passar’, que eles entendam e, por segurança, obedeçam”, afirmou o comandante-geral da PM, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, sobre possíveis critérios que serão discutidos com os sindicatos de cinegrafistas e jornalistas. “Sabemos que a palavra ‘limite’ tem conotação preocupante para a mídia, mas temos de ter limites, sim”, disse o coordenador de Comunicação Social da corporação, coronel Frederico Caldas.
As entidades jornalísticas, por sua vez, acreditam que o ‘limite’ deve ser colocado pelo próprio jornalista, que deve receber treinamento e informações necessárias para poder acessar o risco da cobertura. “Nenhuma cobertura vale a vida de um jornalista, mas não é a polícia que vai determinar se a imprensa vai fazer aquele trabalho ou não”, comentou o diretor do International News Safety Institute da América Latina, Marcelo Moreira.
Entretanto, o Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro considerou que um “limite” de segurança seja uma “possibilidade”. “Precisamos repensar como a cobertura é feita. Repórter não pode ficar em igualdade de condições com policial em linha de tiro”, disse a presidente, Suzana Blass.
A morte do cinegrafista  acendeu discussões a respeito do preparo dos jornalistas para situações de risco e o equipamento utilizado como proteção.

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