Ninguém fala abertamente, mas nos bastidores da Barra Funda são muitos os que demonstram uma certa preocupação com o desempenho do “Jornal da Record”. Em novo horário e com o “Cidade Alerta” sem a estrela do gênero, o telejornal viu sua audiência cair e atingir patamares preocupantes, como o desta quinta-feira, quando fechou com 6 de média, 10% de share, um índice bem abaixo do que costumava registrar quando concorria diretamente com o “Jornal Nacional”.
A queda de audiência do “Jornal da Record” é mais uma dor de cabeça deixada por José Luis Datena. Uma herança maldita, como afirmam nos bastidores. O que o âncora do “Brasil Urgente” tem a ver com essa história? Uma relação estreita. Quando ele ainda estava no comando do “Cidade Alerta”, empolgada com os bons resultados, a alta cúpula da Record resolveu explorar o efeito cascata para impulsionar os índices do “Jornal da Record”, a mesma estratégia adotada no Morumbi com o “Brasil Urgente” e “Jornal da Band”. Mas tudo foi muito rápido. Datena deixou a emissora 43 dias após assinar contrato, um substituto assumiu o “Cidade Alerta”, que entrou em contagem regressiva (o jornal vai acabar, todo mundo sabe, mas ninguém quer desligar os aparelhos da UTI). E como todas as alterações já estavam no ar, acharam melhor manter do jeito que está. O “Jornal da Record” não marcou os mesmos índices da fase antes de Datena.
O problema é que com esta inversão a novela “Rebelde” se consolidou e está com bons índices. Será que vale a pena arriscar? Muitos não querem na Barra Funda.
Parabólica – Por José Armando Vannucci
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